Alfredo Moreira Filho ressalta que a intuição é uma aliada poderosa do raciocínio analítico nas decisões empresariais. Embora muitas vezes vista como algo abstrato, ela nasce da experiência acumulada e da percepção apurada dos sinais que nem sempre estão evidentes nos números. O líder que aprende a ouvir sua intuição não substitui a razão, mas a complementa, transformando o conhecimento tácito em sabedoria prática.
A intuição representa o ponto de equilíbrio entre lógica e sensibilidade. Quando usada com consciência, permite identificar oportunidades antes que se tornem visíveis e antecipar riscos que ainda não foram traduzidos em dados. Essa combinação entre racionalidade e percepção emocional forma o que se pode chamar de inteligência estratégica, essencial para a liderança contemporânea.
A origem da intuição e seu valor no processo decisório
Na visão de Alfredo Moreira Filho, a intuição é resultado da soma entre conhecimento técnico e repertório de vida. Cada experiência vivida, cada desafio superado e cada erro compreendido alimentam o banco de informações internas que dá origem a esse tipo de percepção. Assim, o instinto profissional não é mero impulso, mas a expressão refinada da vivência e da observação.
A intuição se manifesta nos momentos de incerteza, quando o excesso de dados gera confusão e o tempo exige decisões rápidas. Líderes que confiam nesse sexto sentido conseguem agir com agilidade sem perder coerência. O segredo está em equilibrar a análise racional com o sentimento de convicção que nasce da experiência.
Intuição e sensibilidade como diferenciais humanos
De acordo com Alfredo Moreira Filho, a liderança moderna precisa valorizar o que os algoritmos ainda não conseguem replicar: a sensibilidade humana. A intuição está ligada à empatia, à escuta e à capacidade de perceber nuances nas relações. Ela ajuda o gestor a compreender o contexto emocional das equipes e a adaptar decisões às necessidades reais das pessoas envolvidas.

A intuição também contribui para fortalecer o senso de propósito. Ao agir guiado por valores e percepção ética, o líder cria coerência entre sua identidade pessoal e profissional. Essa harmonia reforça a confiança e inspira os colaboradores a tomarem decisões mais responsáveis.
O papel da intuição na construção de culturas inovadoras
Sob o entendimento de Alfredo Moreira Filho, a intuição estimula a inovação ao incentivar a coragem de experimentar. Líderes intuitivos não têm medo de testar caminhos novos e de aprender com o erro. Essa mentalidade promove ambientes de confiança, nos quais a criatividade é vista como parte do processo de crescimento e não como risco.
Esse tema surge em “Pequenas Histórias e Algumas Percepções” com passagens que mostram como o instinto e a sensibilidade, quando aliados à razão, conduzem a decisões acertadas. O livro destaca que as escolhas mais significativas da vida e da gestão nem sempre se explicam por fórmulas, mas por percepções que o tempo e a experiência ajudaram a lapidar.
Intuição e razão como forças complementares na liderança
Como salienta Alfredo Moreira Filho, confiar na intuição não é rejeitar a lógica, e sim integrar as duas dimensões do pensamento. A análise fornece as bases objetivas, enquanto a intuição indica o momento certo de agir. Essa integração cria líderes mais humanos, confiantes e conscientes do impacto de suas decisões.
A intuição, quando cultivada com responsabilidade, transforma o cotidiano corporativo em um espaço de aprendizado contínuo. Ela permite que as decisões sejam tomadas com rapidez, mas sem precipitação; com emoção, mas sem descuido. Em tempos de excesso de informação, o líder que equilibra intuição e razão encontra clareza no caos e sabedoria no silêncio, e é isso que o diferencia como referência de visão e maturidade.
Autor: Oliver Smith











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