Snowboarding e a tomada de decisão caminham lado a lado quando o assunto é avançar mesmo sem ter todas as respostas. Segundo Ian Cunha, a imagem do praticante que desce a montanha sem ver o terreno inteiro traduz, com precisão, o que acontece na vida profissional e nos negócios: quase nunca é possível ter 100% das informações antes de agir, mas é possível desenvolver critérios, preparo e coragem para seguir em frente com responsabilidade.
A questão não é eliminar o risco, e sim aprender a se movimentar dentro dele com lucidez e propósito. Na prática, cada descida é um convite para equilibrar intuição, técnica e leitura rápida de cenário. Saiba mais sobre esse tópico na leitura a seguir:
Snowboarding e tomada de decisão: coragem preparada, não impulso cego
Snowboarding e tomada de decisão se conectam pela coragem, mas não por qualquer coragem. De acordo com Ian Cunha, o bom snowboarder não é o que simplesmente “se joga” montanha abaixo; é aquele que se prepara, treina, entende o equipamento, reconhece limites e, a partir disso, escolhe acelerar. O paralelo com decisões complexas é direto: agir sem preparo é imprudência, porém ficar travado esperando o momento perfeito é desperdiçar oportunidades.

Quando alguém se coloca em movimento, aceita que haverá trechos que só serão revelados depois da curva. No ambiente corporativo e pessoal, isso significa decidir com base em cenários prováveis, considerando os riscos e impactos, mas sabendo que ajustes serão inevitáveis. A confiança, nesse contexto, não nasce de garantias absolutas, e sim da convicção de que será possível corrigir rotas, aprender com os erros e proteger o essencial mesmo quando o terreno não foi totalmente mapeado.
Ler o terreno e ajustar a rota em segundos
Uma pequena mudança na textura da neve, na inclinação ou na visibilidade obriga o atleta a reposicionar o corpo, redistribuir o peso e recalcular a trajetória. De forma semelhante, em projetos, investimentos ou mudanças de carreira, novas informações surgem a todo momento e tornam decisões anteriores mais ou menos adequadas. Como destaca Ian Cunha, quem desenvolve a habilidade de reinterpretar cenários rapidamente reduz danos e amplia as chances de transformar imprevistos em vantagem competitiva.
Esse ajuste em tempo real depende de humildade e presença. Humildade para admitir que o plano inicial pode não ser mais o melhor, e presença para perceber sinais discretos antes que se tornem problemas grandes. No dia a dia, isso significa monitorar indicadores, escutar feedbacks, rever suposições e, quando necessário, frear ou mudar de direção. Assim, uma flexibilidade estratégica preserva energia, recursos e reputação ao longo da jornada.
Lidar com o medo sem perder a clareza
Snowboarding e tomada de decisão também ensinam a transformar medo em informação útil, e não em paralisia. O frio na barriga na borda da pista é um aviso do corpo de que há risco, e isso é positivo; o problema surge quando esse medo domina a mente e impede qualquer ação. Assim como indica Ian Cunha, o profissional que aprende a nomear seus medos, entender suas origens e separar fatos de projeções imaginárias aumenta muito a qualidade das escolhas, especialmente em ambientes incertos e competitivos.
Em processos decisórios, o medo pode aparecer como ansiedade, excesso de cenários catastróficos ou compulsão por buscar dados infinitos antes de agir. A analogia com o snowboarding mostra que segurança absoluta é uma ilusão, mas que existe um ponto de equilíbrio entre irresponsabilidade e paralisia. Estratégias simples, como definir limites de perda, estabelecer critérios objetivos para avançar e planejar pontos de avaliação, permitem conviver com o medo sem ser comandado por ele.
Acelerar com responsabilidade em um mundo de incertezas
Em resumo, o snowboarding e tomada de decisão mostram que esperar o terreno perfeito é o mesmo que nunca sair do lugar. Para Ian Cunha, a realidade, os negócios e as carreiras se desenvolvem em ambientes onde nem todas as variáveis podem ser controladas, mas onde é possível aumentar significativamente a qualidade das escolhas por meio de preparo, leitura de contexto, gestão do medo e prática consistente. Ao assumir essa perspectiva, decisões se tornam parte de um processo contínuo de construção de resultados.
Autor: Oliver Smith











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