Goianos se encantaram com o eclipse lunar, fenômeno conhecido popularmente como “Lua de Sangue” da madrugada desta segunda-feira (16). Segundo o diretor do Clube de Astronomia Plêiades do Sul, Ary Martins, as fotos foram tiradas no interior do estado.
Segundo o astrônomo, o fenômeno durou cerca de 5 horas e a última vez que foi possível ver um eclipse como esse foi em 21 de janeiro de 2019. Após o evento desta madrugada de segunda-feira, o próximo só será em 1º de março de 2025.
O estudante de jornalismo Erick Ferreira, de 18 anos, viu o eclipse em Anápolis, a 55km de Goiânia. O jovem contou que ficou apreensivo depois que o tempo começou a ficar nublado, mas por sorte conseguiu assistir ao fenômeno.
“Eu achei muito lindo, achei o máximo. Foi uma experiência muito boa, valeu ficar até tarde vendo esse fenômeno da natureza”, contou o estudante.
Já a enfermeira Neirilaine de Jesus, viu o fenômeno em Castelândia, no sul de Goiás, e se encantou.
“Maravilhoso. Nunca tinha visto um na vida. Fiquei apaixonada”, descrevey Neirilaine.
Ary Martins explicou que em Goiânia o clima estava bastante nublado, mas o clube de astrologia se reuniu mesmo assim para observar o fenômeno. De acordo com o astrônomo, mesmo com o problema, o grupo conseguiu ver por telescópio e a olho nu algumas “porções” do eclipse.
O fenômeno
Ary explicou que o fenômeno ocorre quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua de modo que a Lua mergulha na sombra da Terra. Dessa forma, há um alinhamento perfeito entre os três corpos.
O astrônomo contou ainda que, durante o eclipse, alguns raios de Sol passam pela atmosfera terrestre, chegam à Lua e são refletidos na cor vermelha, levando ao fenômeno que é conhecido popularmente como “Lua de Sangue”.
“Os raios solares que tangenciam a Terra pela sua borda são desviados na direção da Lua pela refração. As ondas longas, que são as vermelhas, tocam o solo lunar e são refletidos para nós nessa tonalidade avermelhada”, expicou Ary.
De acordo com o especialista, o vermelho deve aparecer em um tom bem escuro. A erupção de um vulcão no início deste ano influencia a visibilidade, escurecendo a visão por causa dos gases que foram liberados e ainda circulam na atmosfera.
